Endosutura gástrica é um novo recurso no combate a obesidade

Médico especialista fala sobre procedimento que está crescendo na luta contra o peso

A prevalência da obesidade tem aumentado globalmente, levando a uma série de complicações médicas, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. Intervenções cirúrgicas, como a cirurgia bariátrica, têm mostrado eficácia significativa na redução de peso e na melhora das comorbidades associadas à obesidade. No entanto, procedimentos menos invasivos, como a Endosutura Gástrica, estão ganhando destaque por sua abordagem minimamente invasiva e menor tempo de recuperação.

Hoje, a própria Organização Mundial de Saúde reconhece a obesidade como uma condição médica complexa que representa um risco significativo para a saúde pública global. A Endosutura Gástrica, também conhecida como Gastroplastia Endoscópica, surge como uma técnica promissora no tratamento da obesidade, especialmente para pacientes que não obtiveram sucesso com métodos tradicionais de perda de peso.

A Endosutura Gástrica é um procedimento inovador realizado com um dispositivo chamado ‘Overstitch’, que permite a realização de suturas no estômago via endoscopia, sem necessidade de incisões. Este procedimento resulta na redução do tamanho do estômago, levando a uma sensação de saciedade mais rápida e, consequentemente, à perda de peso.

Mauro destaca que o método é realizado como uma endoscopia, a Endosutura Gástrica é um procedimento minimamente invasivo que dura aproximadamente uma hora. Sob anestesia, o médico especializado insere o aparelho endoscópico pela boca do paciente, fazendo as suturas na parede do estômago para reduzir seu volume. Este procedimento não requer internação prolongada, permitindo que o paciente retorne para casa no mesmo dia.

Estudos demonstram que a Endosutura Gástrica é uma técnica eficaz para a perda de peso em pacientes com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 40 que não tiveram sucesso com outros métodos de emagrecimento. A redução média de peso em um ano é de aproximadamente 18-20% do peso corporal inicial. Além disso, a taxa de complicações é relativamente baixa, sendo a maioria dos efeitos adversos leves e temporários.

O sucesso a longo prazo da Endosutura Gástrica depende de um acompanhamento multidisciplinar. Após o procedimento, o paciente deve seguir uma dieta balanceada sob orientação de um nutricionista e realizar acompanhamento psicológico para facilitar a reeducação alimentar e a adaptação às mudanças na imagem corporal. A retomada das atividades físicas é recomendada após duas semanas, ajudando na manutenção da perda de peso e na melhora da saúde geral.

Todo esse processo de cuidados é essencial para que o reganho de peso não ocorra. Ainda neste aspecto, para o especialista, um dos principais desafios nas intervenções para perda de peso é o reganho de peso a longo prazo.

Estudos indicam que até 50% dos pacientes submetidos a procedimentos bariátricos podem experimentar algum grau de reganho de peso após cinco anos. No entanto, a combinação de técnicas cirúrgicas com intervenções comportamentais e dietéticas pode mitigar esse risco. O acompanhamento contínuo e multidisciplinar é crucial para garantir o sucesso a longo prazo e minimizar o risco de reganho de peso.

Mauro Jácome, cirurgião geral e endoscopista, especialista no tratamento de obesidade com balão intragástrico e endosutura.

Foto: Arquivo pessoal.

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